Construindo pontes II 3g4065

Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro. Durante anos eles percorreram uma estrada estreita e muito comprida para ao final do dia desfrutarem da companhia um do outro. Apesar do cansaço faziam a caminhada com prazer, pois se amavam. Depois do desentendimento, porém, tudo mudou. O que começou com um pequeno mal-entendido explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.


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Numa manhã o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta. Ao abri-la notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão, que estava procurando trabalho. O fazendeiro mostrou-lhe uma pilha de madeira que havia próximo ao celeiro e pediu que construísse uma cerca bem alta porque do outro lado morava um homem, seu irmão mais novo, que não queria mais ver. Combinaram o preço e o carpinteiro disse que faria um trabalho do qual ele jamais esqueceria.


O homem trabalhou arduamente durante o dia. Já anoitecia quando terminou sua obra. O fazendeiro não podia acreditar no que viu. Em vez da cerca havia uma ponte ligando um lado do riacho ao outro. Ele ficou muito bravo com o carpinteiro, que não havia construído uma cerca, mas, sim, uma ponte.
Ao olhar novamente para a ponte viu seu irmão se aproximando da outra margem, correndo com os braços abertos. Por um instante, permaneceu imóvel, mas, de repente, num impulso, correu na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte. O carpinteiro estava partindo com sua caixa de ferramentas quando o irmão que o contratou pediu, emocionado, que ele ficasse entre eles por mais alguns dias. O carpinteiro respondeu que adoraria ficar, mas tinha ainda muitas outras pontes para construir.
Precisamos cada vez mais de carpinteiros que possam construir pontes e consertar relações ou questões mal resolvidas, neste mundo de tantas cercas, muros, divisões e conflitos. É isso que verdadeiramente vai trazer a paz e a felicidade que tanto buscamos. Agora e depois.


A interdição do Perau

Interditada desde as enchentes do ano ado, a Estrada do Perau ganhou uma atenção especial com a colocação de pedras para garantir seu bloqueio total devido ao número crescente de veículos que vinham ando por ali. Muitas coisas podem ter acontecido (tomara) depois do fechamento da coluna, mesmo assim cabem algumas considerações. Conversei nesta quinta-feira com o secretário de Infraestrutura do município, Wagner da Rosa, e com o deputado Paulo Pimenta, ex-ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul. 


Custo da obra
O secretário disse que a prefeitura aguarda uma complementação de recursos para realizar a licitação e contratar a empresa que fará as obras de contenção na parte do morro que está sujeita, segundo laudos técnicos, a novos deslizamentos. O primeiro pedido, encaminhado à Secretaria de Defesa Civil Nacional, foi colocado à disposição do município, mas ainda não está na sua conta. Depois foi feita uma segunda avaliação, chegando a um total aproximado de R$ 16 milhões. O secretário disse que a prefeitura aguarda a liberação do novo valor para realizar a licitação. Também informou que existem três empresas interessadas na execução da obra.


Ajustes técnicos
Encaminhando cópia de todos os documentos trocados entre a prefeitura de Santa Maria e o Governo Federal, Paulo Pimenta informou que em 8 de julho do ano ado a prefeitura apresentou um plano de trabalho com o valor de R$ 6.891 milhões para restabelecer a trafegabilidade da Estrada do Perau. No dia 1º de agosto foi emitida uma nota de empenho para que a prefeitura pudesse licitar e contratar a execução da obra. A próxima manifestação do município ocorreu em 5 de fevereiro deste ano, quando encaminhou um novo ofício comunicando a realização de uma adequação ao projeto inicial e que seriam necessários mais R$ 9 milhões, sem o acompanhamento, destacou o deputado, de documentos como sondagens e projetos estruturais, além de uma justificativa técnica mais detalhada.


Encurtando distâncias
Na mesma conversa que tive com o secretário Wagner da Rosa, ele informou que a documentação complementar solicitada pelo governo federal foi enviada na quarta-feira, 21 de maio. Como o deputado federal Paulo Pimenta estará em Santa Maria neste sábado, inclusive com visita à Estrada do Perau, seria interessante que fosse procurado por algum representante da prefeitura para que tudo seja devidamente ajustado, encurtando a distância entre Brasília e Santa Maria e, mais importante, agilizando a solução do problema.


Vereadores protagonistas
A comunidade de São José, em Rincão Pinhal, interior de Agudo, foi palco, na última quarta-feira (21), de mais um importante debate sobre a RSC-287. A audiência pública discutiu a duplicação do trecho entre Santa Maria e Paraíso do Sul, a reconstrução da ponte no km 227 sobre o Arroio Grande, na Vila Figueira, e também a ponte entre Paraíso do Sul e Novo Cabrais, no km 167, junto ao Arroio Barriga. As demandas também serão apresentadas durante a 18ª Marcha dos Vereadores da Quarta Colônia e região a Porto Alegre, agendada para os dias 28 e 29 de maio. A Comissão Especial da Câmara de Vereadores de Santa Maria que trata das questões da RSC-287, presidida por Marcelo Zappe Bisogno e formada também por Sid Pereira e Guilherme Badke, teve efetiva participação no encontro de Agudo. Quem sabe comece pelos vereadores a reaproximação de Santa Maria com a região, espaço que a cidade deixou de ocupar há bastante tempo.


A vida continua, nesta e em outras dimensões!

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Vicente Paulo Bisogno

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17/05/2025 09:30
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