IFFar usa RPG para ensinar educação ambiental com ciência, empatia e imaginação 23m6w

IFFar usa RPG para ensinar educação ambiental com ciência, empatia e imaginação

Foto: IFFar (Divulgação)

Na semana em que o meio ambiente é o foco de ações, atividades e discussões, uma iniciativa do Instituto Federal Farroupilha (IFFar) envolve estudantes em uma jornada lúdica para regenerar o planeta e aprender que ciência, empatia e imaginação podem andar juntas. Por meio do projeto de extensão “Era uma vez… um EcoCoquinho Cibernético”, livros, fones de ouvido e figuras de biscuit dividem espaço com cadernos e teclados. É o universo dos RPGs transformado em uma potente ferramenta de educação ambiental, criatividade e formação cidadã.


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Como todo RPG – Role-Playing Game, que pode ser traduzido como Jogo de Interpretação de Papéis ou Jogo de Representação – a missão começa com uma história. Em um futuro imaginário, um pequeno herói digital, o EcoCoquinho, lidera uma jornada para restaurar ecossistemas devastados. A cada nova partida, estudantes dos Ensino Fundamental e Médio de São Gabriel e Santa Margarida do Sul assumem papéis, criam cenários, enfrentam desafios e, juntos, descobrem como colaborar para reverter os efeitos da degradação ambiental.

 
– Para ar as ecopalmeiras, que são capazes de regenerar o planeta, não basta ter conhecimento. É preciso empatia, coragem e escuta – explica a professora Lurdes Zanchetta da Rosa, coordenadora do projeto e uma das autoras do livro infantil que inspirou a iniciativa.


O projeto

As atividades deste ano começaram em abril, em São Gabriel. Também fazem parte da equipe a professora Ana Paula Vestena Cassol, os docentes da rede municipal Carla Daniele Macedo Gomes e Felipe Matheus Pereira, além de estudantes do curso de Pedagogia. Em Santa Margarida do Sul, as atividades ocorrem na Escola Estadual Marechal Hermes, com alunos do Ensino Médio integral.


A pedagoga Carla Daniele Macedo Gomes observa que o EcoCoquinho surgiu como resposta ao impacto das tragédias ambientais vividas no estado.

 
– O projeto nasceu da dor de ver nosso Estado sendo atingido por tragédias ambientais, mas floresceu como proposta educativa ao juntar narrativa, tecnologia e sensibilidade. Os alunos criam tudo, personagens, mapas, os conflitos e também as soluções – explica.


Nos cenários de RPG, vilões simbólicos como a poluição, a ganância e o descaso ambiental desafiam os estudantes a encontrar estratégias de transformação. Ao longo do jogo, surgem conexões com disciplinas como informática, geografia, ciências e artes, mas, sobretudo, com a escuta ativa e o cuidado com o outro.


Experiências

A narrativa do Coquinho Amarelinho não é nova. Em 2008, Lydia de Moura Azevedo conheceu o personagem em apresentações com fantoches no CTG, quando tinha apenas dez anos. Hoje advogada e professora de oratória, ela revisita aquela história com carinho.

 
– Narrava a história com brilho nos olhos. Entendi que aquele coquinho, arrancado e pisoteado, era sobre resiliência. E eu também floresci – relata a advogada.

 
Lydia, que foi a 1ª Prenda Mirim do Rio Grande do Sul em 2009 e ficou conhecida como “a prenda do coquinho”, agora participa da transposição da narrativa para o meio digital.

 
– O Coquinho virou cibernético, mas o propósito segue o mesmo, plantar consciência para colher transformação. Ainda mais diante das enchentes que devastaram o nosso estado. O projeto nunca foi tão necessário – finaliza.

 
Do lado de quem está em formação para ser educador, a experiência tem sido um ponto de virada. Carlos Gabriel Moreira de Almeida, estudante de Pedagogia do IFFar, integra a equipe responsável por aplicar o projeto nas escolas. Para ele, o contato com o EcoCoquinho une vocação, memória afetiva e inovação pedagógica.

 
– Participar deste projeto tem sido uma experiência incrível. É como um verdadeiro sonho de infância. Eu gostava muito de jogos desde pequeno, videogames e tabuleiros, por serem lúdicos e por mostrarem, por meio da pontuação, como eu estava indo. Desde cedo percebia que algumas aulas eram mais divertidas, dinâmicas e interativas. E sempre pensei que gostaria de fazer diferente quando fosse professor – comenta Almeida.


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